“...ρσr dєntrσ υмα ρєrѕσnαlidαdє мinhα, ρσr fσrα υм cσncєitσ ѕєυ!"

Bonito é gostar da vida e viver do sonho.
Bonito é ser realista sem ser cruel,
é acreditar na beleza de todas as coisas.
Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações.
Bonito é você ser você.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Habitação
A felicidade, tão simplese básica e ao mesmo tempo tão fascinante, de se dizer: "A minha casa". A vibração do pronome possessivo saindo da boca e o correspondente orgulho dentro do peito. A sensação de conquista e a justiça. O sorriso de satisfação do anfitrião ao abrir a porta: "Fique à vontade".
A casa, a porta, as janelas.
O desenho de criança se tornando concreto, papelo que vira tijolo, traço que ganha terceira dimensão, lápis de cor que é promovido à tinta de parede.
A sala.
O sofá, a cadeira preferida do papai, a TV(adquirida em não-sei-quantas prestações), a mesa de jantar e seus lugares em volta. Um painho de renda sobre a mesa. Um porta-retratos que, enquanto estiver ali, aprisionará um momento. Em cima de um móvel, solene, um troféu(ou algo do gênero).
A cozinha.
Lugar mágico onde se processam transformações do tipo "grão se converter em feijoda".
O corredor.
Espécie de túnel de acesso aos sentimentos mais íntimos.
O quarto.
A cama. Os sonhos. Os segredos. O criado-mudo. Bugigangas valiosíssimas. Lembranças em múltiplas formas. Os pequenos milagres. Murmúrios.
Teto e chão.
E entre o teto e o chão, e por obra e graça deles, as pessoas da casa vivendo e convivendo.
Todos abrigados. Tudo em seu lugar. Exatamente como é para ser. E nao é ?!

Um comentário:

O QUE SOMOS ...

Não tenho nada
Mas tudo que quero
Se faz presente
Aquecendo minha alma
Alimentando meu dia
Mesmo que meus bolsos
Continuem,
às vezes vazios...
ou sempre cheios (quiçá sempre!! hehehe)
Meus amores se perdem
Em meio há multidão
Alguns dividem sonhos
Outros apenas deixam
O amargo sabor da desilusão
Sempre me entrego inteira
Sem mirar o abandono.
Sofro... com o coração mudo
Espero o tempo amenizar a dor
Se perdôo ou não...
Não paro para analisar
Só não me deixo despencar
No precípicio, que a mente
Cria, para suicidar a alma.
E assim passo os dias
No calendário do meu viver
Uns são desérticos, silenciosos
Outros, imperam ruídos de espectros
Alguns explodem em luz e cores
Mas, todos tem momentos de paz
Pra renovar a alma!
Apenas me deixo viajar
Neste comboio pela vida
Onde episódios correm soltos
Por corredores, ora sombrios
Ora iluminados...
Deixando rastros invisíveis
Aos olhos de meros mortais!