“...ρσr dєntrσ υмα ρєrѕσnαlidαdє мinhα, ρσr fσrα υм cσncєitσ ѕєυ!"

Bonito é gostar da vida e viver do sonho.
Bonito é ser realista sem ser cruel,
é acreditar na beleza de todas as coisas.
Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações.
Bonito é você ser você.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O QUE O HOMEM DEVERIA ENXERGAR 




Uma faxineira me contou. 

Ela demorou muito tempo para entender a insatisfação de sua patroa. 
Lavava, arrumava, ordenava com esmero e recebia alguma reclamação sobre a falta de capricho no fim do expediente. 

Da onde tirava essa conclusão? 

Ela já confiava na hipótese de que não recebia elogio de propósito, para não se acomodar, que era um método de superação. Ou uma maldade produtiva. 

Ameaçou largar o endereço, desistir de convencê-la da injustiça, reclamou ao marido a tortura de viver esmolando elogio. 

Mas ela acabou capturando o motivo da cisma constante e semanal. Libertou-se da dúvida. 

A patroa não vistoriava a casa, não observava o conjunto, não conferia o chão ou as roupas dobradas. Talvez nem fiscalizasse o pó das mesas. Reparava em um único detalhe: os interruptores de luz. Se apareciam brancos e brilhantes, tomava como princípio que o trabalho foi bem feito. Quem lavava o interruptor pensaria em todo o resto. Logo ao acender a luz, a dona da residência aprovava ou criticava o serviço. Nem lançava as pupilas pelos aposentos. 

Essa percepção da patroa, que elege o ínfimo como senha da limpeza, e o cuidado da faxineira, que compreende a mensagem invisível, revelam as sutilezas femininas. 

O homem deveria ficar mais distraído. Só a distração nos conduz ao indispensável. 

Por exemplo, eu enlouqueço com mulher que mexe os brincos no meio de uma conversa. Há um desinteresse charmoso nesta atitude. Quase um desprezo desafiador. Redobro as gentilezas. Ofereço o que ela não ousou pedir. Sinto que vou perdê-la no próximo instante, que algo que lembrou supera a minha voz. 

Para me torturar, ela vira o pescoço sutilmente ao lado. Tal apresentadora atendendo a um ponto dos produtores. Não posso acusá-la de indiferença - mantém os olhos no meu rosto. 

Comemoro sua sofisticação, a complexidade dissimulada. Concluo que esteja conversando com seus demônios. E que o demônio no ombro direito ameaça, bem desaforado: 
- É sempre dia para o corpo. Vai, abraça esse canalha! 

Já a percebo como uma feiticeira, uma bruxa, uma doida, que está definindo sua vida tocando as curvas do lóbulo. É o detalhe que decide. O detalhe conspira, inunda, confunde. Ela diz sim a partir dos ouvidos mais do que da boca. O ouvido tem que gostar de mim. 

Por isso minha escola são os interruptores de luz: uma mulher fica realmente nua quando tira os brincos. 

Depoimento especial para Versos de Falópio
Da série "Homem de domingo" 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que leva o homem à impotência é o cuidado. 

O que leva a mulher à frigidez é o cuidado. 


O excesso de cuidado. Cuidado demais ataca. 


Nunca vi uma mulher ou um homem gostar sem criticar. 

O embaraço do sexo não decorre da ausência de intimidade, mas da intimidade. E da cobrança que vem com ela. Mais fácil gozar com estranhos. 

Depois de partilhar meses e cadernos de jornal com nosso par, abandonamos o elogio. Passamos a cobrar e expor os defeitos para que sejam corrigidos. É o cigarro, é a alimentação, é a distração, é o pouco caso com o dinheiro, é a indeterminação do trabalho, é a preguiça. A convivência traz a preocupação com o namorado ou a namorada e uma esquisita vontade de interferir. Entre conhecer e mandar, é um passo. Ou um tropeço. As mais duras agressões não provocam hematomas, ocorrem em nome da sinceridade. 

O amor é confundido com pancadaria. Um teste de resistência. Uma prova de esgotamento nervoso. Se o outro não quer, que vá embora, que desista do prêmio maior que é a confiança. 

Há uma visão sádica que não ajuda nem o masoquista. Falta medida. Falta parar e recomeçar o namoro. Falta esquecer e perceber que o próprio passado não é imutável, não existe certo ou errado, que nem tudo por isso é duvidoso. 

A eficácia mata o erotismo. O aproveitamento total do tempo do relacionamento não colabora com a vaidade. Custa um agrado antes de transar? Uma meia-luz de palavras? 
Não estou pedindo para mentir, muito menos fingir, mas falar um pouco bem para acordar os ouvidos e despertar o interesse. 

No início, os joelhos são venerados, os ombros recebem moldura de madeira, os cabelos são alisados com a decência de um espelho. As expressões afetuosas vão e voltam, repetidas com diferentes timbres. Todo homem no começo é, ao mesmo tempo, um tenor, um barítono e um baixo. Toda mulher no começo é, ao mesmo tempo, uma soprano, uma mezzo e uma contralto. Dependendo da região que toca, a voz muda. 

Com a relação firmada, a excitação torna-se automática. O corpo tem que pegar no tranco. 
A devassidão é trocada pela devassa terapêutica. Desculpa e por favor saem de moda. Como existe o trabalho, a casa, o dia seguinte e terminou a paixão (e somente os apaixonados são sobrenaturais e não sentem cansaço), o sexo pode ser mais prático, mais direto, pode até não ser. Na cama, estaremos falando dos problemas, das contas, do que deve ser mudado na personalidade. Não encontraremos paciência diante do relógio. Não vamos procurar cheirar a pele para atrair o beijo. 

Eu compreendo perfeitamente quando um homem broxa se a cada instante é lembrado de sua barriga. Eu compreendo perfeitamente quando uma mulher decide dormir quando sua lingerie nova não foi reparada. 

Nunca acusamos quem a gente não conhece. 

Julgamos infelizmente quem vive nos absolvendo. 

domingo, 23 de janeiro de 2011



Desconstruções


Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.

Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.

A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.


Martha Medeiros#MARAVILHOSO!
Não interessa a uma mulher um homem que saiba tudo sobre ela, um homem que saiba tudo sobre o amor, um homem que saiba tudo sobre os prazeres proibidos do corpo. Uma mulher não se interessa por um homem que não tenha uma dose de insegurança, um quê de fascínio infantil, uma ponta de orgulho bobo, uma forquilha de medo entre os joelhos.

Uma mulher não se interessa por homem que não teme as perguntas, que resolve os problemas com sarcasmo, que fala convicto e intrépido sobre os mais diversos assuntos; o coração dele congelado para transplante no isopor entre garrafas de cerveja.

Uma mulher não se interessa por homem que pisca ao garçom, que conversa nos ouvidos com os seguranças das boates, que se mostra com malícia e desfaçatez para os outros.

Uma mulher não se interessa por um homem que está se exibindo mais do que sendo transparente. Uma mulher não se interessa por um homem que ela não conta com a mínima chance de modificá-lo e elogiar as transformações.

Uma mulher não se interessa por um homem que se diverte dos próprios comentários antes dela. Uma mulher não se interessa por um homem carregado de estratégias, que encadeia a noite ideal, sem nenhuma falha, sem nenhum vacilo, sem nenhuma turbulência. Ele ensaiou com quantas antes?

Uma mulher se interessa por um homem inseguro, mas sincero, tímido, mas autêntico, que sofre com suas gafes, engatilha desculpas ao usar um palavrão, que pede ajuda para completar a noite.

Uma mulher não se interessa por um homem blindado, que não escuta, que se esconde em um personagem para contar mais um feito aos amigos. Uma mulher não se interessa por um homem que logo vai atacando, logo vai oferecendo o endereço para esticar a conversa.

Uma mulher não se interessa pelo terno alinhado, os cabelos em dia, o pescoço perfumado, se não houver nenhum sussurro que desperte a fragilidade masculina do outro lado.

Uma mulher não se interessa em receber flores sem raízes nos dedos.

Uma mulher não se interessa por um homem convicto, que a convida para sair, que passa uma cantada impecável e finge delicadeza para ser indelicado no dia seguinte e não telefonar.

Uma mulher não se interessa por um homem que não mudará a ordem das palavras que teve sucesso com as mulheres anteriores e repetirá as mesmíssimas vaidades da conquista. Uma mulher se interessa por um homem que confunde o desejo com a loucura e tropeça nas palavras para logo descer ao chão com ela.

Uma mulher não se interessa por um homem que seduz como quem dá as cartas, um homem que solicita a conta como quem fecha um negócio, que a envolve como se fosse um investimento. Uma mulher não se interessa por um homem que não tenha também músculo nas pálpebras para chorar por ela, músculos na boca para guardar sua língua.

Uma mulher não se interessa por homens prontos, fechados, absolutamente perfeitos.

Não se interessa por cadáveres.



Fabrício Carpinejar (AMEI!)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Existe uma piada italiana maravilhosa sobre um homem pobre que vai à igreja todos os dias e reza diante da estátua de um grande santo, dizendo: "Querido santo, por favor, por favor, por favor... conceda-me a graça de ganhar na loteria." Esse lamento dura meses. Por fim, irritada, a estátua ganha vida, baixa os olhos para o suplicante e diz, com uma repulsa cansada: "Meu filho, por favor, por favor, por favor... compre um bilhete." adorei!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CITAÇÕES...
“As grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos.”
‎"Não vou mais abrigar pensamentos que não forem saudáveis."
‎"Você é o que você pensa.As suas emoções são escravas dos seus pensamentos, e você é escrava de suas emoções" 


‎- E se a gente simplesmente reconhecesse que nosso relacionamento é ruim, e mesmo
assim ficasse junto? Se admitisse que a gente enlouquece um ao outro, que está sempre
brigando e quase nunca transa, mas não consegue viver um sem o outro, por isso agüenta
tudo? Daí a gente poderia passar a vida inteira junto... infelizes, mas felizes por não
estarmos separados.



"Às vezes perder o equilíbrio por Amor é sinal de uma vida equilibrada" 


O importante e' viver e ser feliz mesmo que isso signifique deixar tudo pra trás e recomeçar,pois na vida e no amor as conquistas são feitas todos os dias.



-“As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho: a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo, para que vo...cê possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não! Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesma, e depois vão embora. “

-"Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, eu lhe dou tudo que tenho. Dou-lhe o meu tempo, a... minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro – tudo. Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas (em todos os sentidos da palavra), protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de Natal para sua família inteira. Eu lhe darei o sol e a chuva e, se não estiverem disponíveis, darei-lhe um vale de sol e um vale de chuva. Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar minha energia será me apaixonar por outra pessoa."
e -"DOLCE FAR NIENTE

Você precisa aprender a escolher os seus pensamentos do mesmo jeito que escolhe as roupas que vai usar a cada dia." 

‎"Aprenda a lidar com a solidão. Aprenda a conhecer a solidão. Acostume-se a ela, pela primeira vez na sua vida. Bem-vinda à experiência humana. Mas nunca mais use o corpo ou as emoções de outra pessoa como um modo de satisfazer seus próprios anseios não-realizados." Liz Gilbert



O QUE SOMOS ...

Não tenho nada
Mas tudo que quero
Se faz presente
Aquecendo minha alma
Alimentando meu dia
Mesmo que meus bolsos
Continuem,
às vezes vazios...
ou sempre cheios (quiçá sempre!! hehehe)
Meus amores se perdem
Em meio há multidão
Alguns dividem sonhos
Outros apenas deixam
O amargo sabor da desilusão
Sempre me entrego inteira
Sem mirar o abandono.
Sofro... com o coração mudo
Espero o tempo amenizar a dor
Se perdôo ou não...
Não paro para analisar
Só não me deixo despencar
No precípicio, que a mente
Cria, para suicidar a alma.
E assim passo os dias
No calendário do meu viver
Uns são desérticos, silenciosos
Outros, imperam ruídos de espectros
Alguns explodem em luz e cores
Mas, todos tem momentos de paz
Pra renovar a alma!
Apenas me deixo viajar
Neste comboio pela vida
Onde episódios correm soltos
Por corredores, ora sombrios
Ora iluminados...
Deixando rastros invisíveis
Aos olhos de meros mortais!